De acordo com os especialistas, o uso indiscriminado de enxaguatórios bucais provoca de irritações na boca até manchas nos dentes e a perda temporária da gustação. Dependendo da fórmula, alguns só podem ser usados com indicação médica. Escolher um enxaguatório bucal não é uma tarefa fácil, pois existem nas prateleiras das farmácias dezenas de embalagens coloridas que disputam a atenção do consumidor.
A promessa é quase sempre a mesma: combater efetivamente a formação da placa bacteriana, a principal responsável pelas doenças bucais como a cárie e gengivite. Na prática, a maior parte das pessoas compra o produto sem saber se é o tipo certo para o seu caso e desconhecendo os riscos do uso indiscriminado dos enxaguatórios bucais.
Para começar, nem todos os produtos apresentam a mesma formulação. Os enxaguatórios bucais costumam ser divididos principalmente em quatro tipos:
- A base de gluconato de clorexidina (como o Periogard, da Colgate);
- Óleos essenciais (eucaliptol, mentol e salicilato de metila, caso do Listerine);
- Flúor (encontrado em vários deles);
- Cloreto de cetilpiridínio (como o Cepacol);
Muitos também contêm, além do princípio ativo, uma certa concentração de álcool, que chega até 21%, dependendo do enxaguatório. Nesses casos, o uso exagerado pode provocar lesões nos tecidos da boca.
Os enxaguatórios realizam uma função importante para os pacientes com problemas motores, no caso de pessoas com Mal de Parkinson, que não realizam a escovação adequada. Pacientes com aparelho ortodôntico, com gengivite aguda e ou periodontite aguda também podem utilizar o produto como forma de controlar a doença.
É importante frisar que os enxaguatórios são produtos coadjuvantes no combate à placa bacteriana. Eles não substituem o uso da escova de dente e nem o fio dental, pois a melhor forma de combater a placa ainda é a escovação correta e o uso do fio dental.