Historicamente, a prática do Piercing (do inglês: perfuração) tem sido realizada por várias civilizações. Há relatos de uso entre os egípcios, romanos, maias, tendo conotações espirituais, sexuais, estéticas e de rituais de passagem. Na sociedade atual ele apresenta uma ligação com a adolescência e a vontade de ser diferente. A moda do Piercing ganhou força com o movimento Hippie dos anos 60 e 70 e posteriormente com os Punks nos anos 80 e 90.
Vários locais do corpo, face e boca têm sido escolhidos em função da estética. Os Piercings de língua e regiões periorais tornaram–se mais populares com o passar do tempo.
Atualmente, eles são motivos de preocupação e discussão pelos dentistas, devido as suas interferências prejudiciais na boca e complicações que podem ser uma reação alérgica ou até AIDS.
As formas de colocações orais mais comuns são nos lábios, bochechas e na língua, que é o local de maior prevalência, aparecendo principalmente na linha média e freio lingual.
Várias complicações decorrentes do uso do Piercing têm sido relatadas na literatura atual:
- Contribui para as recessões gengivais devido ao trauma mecânico, o qual é causado pela mania que os usuários possuem de friccionar a jóia contra os dentes e a mucosa adjacente favorecendo o acúmulo de placa e dificultando a higiene bucal;
- Fratura dental, trauma à mucosa, gengiva e palato também são comuns;
- Os piercings linguais podem contribuir para o aparecimento de câncer bucal;
- Interferência na mastigação, deglutição, alteração no paladar, sensação de anestesia no local do piercing, hipersalivação e dificuldades na fala;
- A transmissão de doenças como hepatite, HIV entre outras é uma realidade pois os locais onde são feitas as perfurações nem sempre apresentam as condições mínimas de biossegurança;
- Outras complicações: aspiração da jóia, incorporação de corpo estranho no local da perfuração, formação de cálculo na superfície do metal, obstrução de imagens radiográficas, hipersensibilidade ao metal;