A palavra cárie vem do latim e significa cavidade ou buraco. Ela resulta do processo de descalcificação do esmalte dentário (parte externa do dente e de cor branca/amarelada) pelos ácidos formados pelas bactérias da placa bacteriana, que atuam sobre os carboidratos introduzidos com a dieta alimentar do indivíduo.
A cárie é uma doença infecto-contagiosa, estando relacionada principalmente aos microorganismos Streptococus mutans e Lactobacillus casei.
São três os fatores essenciais para que se inicie o processo carioso:
- Hospedeiro: O dente funciona como o hospedeiro para as bactérias da placa bacteriana agirem.
- Microflora: São as bactérias da cárie. Sem elas, a doença não atinge os dentes.
- Substrato: São os alimentos ingeridos e os restos contidos na placa bacteriana.
Também devem ser considerados a dieta ingerida, o dente e sua condição de mineralização e resistência.
Embora as cáries sejam mais comuns em crianças, adultos também estão sujeitos a elas. Eles podem apresentar cárie quando sofrem de xerostomia (boca seca), uma doença causada pela falta de saliva.
A cárie constitui um sério problema no Brasil. Estima-se que pelo menos 98% da população brasileira já teve cárie pelo menos uma vez.
Se não for tratada, uma cárie pode destruir seu dente e matar os delicados nervos na sua parte central, o que pode resultar em um abscesso (inchaço), localizado em uma área de infecção na ponta da raiz. Uma vez formado o abscesso, ele só pode ser tratado através do tratamento endodôntico (tratamento de canal), de cirurgia ou da própria extração do dente.
Como é a principal causa de perda dos dentes permanentes, cerca de 50% da população brasileira com mais de 40 anos não possui metade dos dentes.